O Paço de Melo nos dias atuais
Quando vi o Paço de Melo pela primeira vez senti algo especial, um misto de alegria e tristeza. É como se aquela fosse familiar, é aquele sentimento que se trata de algo que conhecemos desde a nossa infância. O Paço de Melo é uma construção senhorial dos fundadores de Melo, que está datada dos séculos XIII/XIV, em razão do regresso do 1º senhor de Melo de Jerusalem. No século XIX durante as invasões de Portugal pelas tropas de Napoleão, o Paço de Melo serviu de refúgio e residência ao Bispo da Guarda.
A casa Senhorial dos Soares de Melo apesar do adiantado estado de ruínas em que se encontra mantém a sua imponência, é uma construção em L em torno de um pátio amuralhado do qual sai a escadaria de acesso ao andar nobre e à antiga capela da casa de Nossa Senhora da Paz, da qual apenas resta a cruz. Atualmente, os cuidados com o Paço são de inteira responsabilidade da Câmara Municipal de Gouveia, que pode receber alguma doação ou fazer parte de algum empreendimento.
Em 2017, o Paço foi acometido por um incêndio que destruiu uma parte de suas ruínas. Na ocasião houve manifestação nas redes sociais e notícias na mídia. Em uma busca sobre a história mais recente do Paço de Melo, foram localizadas duas fotografias do Paço de Melo construído, uma delas nos anos 30 e outra nos anos 50, ambas mostrando a construção inteira.
A construção datada de 1200, está em estado de ruínas, mas ainda recebe visitantes e turistas de vários lugares do Mundo. Em 2020,a produção audiovisual "Abandonados Portugal do Ar" listou um conjunto de imóveis e construções em Portugal chamadas por eles de "abandonadas", dentre estes o Paço de Melo figura nesta lista junto a outros imóveis e monumentos. Apesar de rotulado como “abandonado” ele faz parte do património da Freguesia de Melo, sendo um dos seus principais pontos turísticos.