A publicação do Primeiro Fólio de Shakespeare em 1623 foi um marco na história literária inglesa. Mais do que isso, foi um motor de renovação cultural com consequências para o resto do século XVII e depois.

Nesta palestra, o Professor Roland Greene considerará o Primeiro Fólio como um evento, não apenas no seu contexto nacional imediato, mas de fora da Inglaterra e à luz da sua influência a longo prazo.

O evento é promovido pela School of Advanced Studies na University of London. Necessita de inscrição prévia no site da instituição.

No último dia 15/03 participei de uma reunião ordinária na Academia Pernambucana de Letras, dia em que se comemora o centenário de aniversário de Gilberto Freyre.

O convite veio para o lançamento de uma série de livros de Fátima Quincas sobre Gilberto Freyre.

Na reunião, foi feita a leitura da ata das reuniões anteriores pelo Secretário, o Acadêmico Cícero Belmar e após a leitura, o Presidente Professor Lourival Holanda apresentou os eventos e atividades da academia para os próximos meses. 

Concluída esta parte da reunião ordinária, a antropóloga, contista e cronista brasileira Fátima Quintas apresentou sua série de três livros: "A Coleção Gilberto Freyre é dividida em três volumes: Um autor e vários temas, Textos e contextos e Narrativas em pauta. Nas palavras da autora: “Confesso a satisfação de traçar novas perspectivas em uma escritura menos ortodoxa...apoiada no ideário do próprio autor pernambucano, então um pioneiro do uso da Forma no Ensaio”. 

Na sua fala, Fátima Quintas destacou suas memórias de infância e adolescência em visitas à casa onde Gilberto morou e trabalhou e nos contou curiosidades sobre sua vida e obra.

Aos 19 de outubro de 1941, escrevia o Padre Serafim Soares Leite no Suplemento Litérario Autores e Livros do Jornal A Manhã, que existia no Pará, uma pequena construção, que se destinou a um colégio, uma igreja que ainda existe e uma famosa biblioteca com 1010 exemplares raríssimos da Companhia de Jesus.

Em razão de um terrível vendaval, muito foi perdido ou destruído restando somente a informação de que a relação de livros desta biblioteca se encontra no catálogo de Roma, dentre os quais estão obras raras de estudos clássicos de Teologia, Direito, Moral, Ascética, Escriturística, Apologética, Liturgia, Filosofia, e ainda, os clássicos sacros: dois poemas de Homero em Grego, obras raras de Virgílio, Horácio, Marcial, Ovídio, Terêncio: poesia e teatro em latim, obras de Cícero, os livros Arte, do Padre Manoel Alvares, a Arte da Língua Basílica, de Luiz Figueira, os Epigramas de John Owen, e ainda, os poemas dramáticos de Jerónimo Cancer y Veslasco (em colaboração de Lope de Vega e Calderón), e outros títulos como a  "Nova Floresta", a "Arte de Orar" e os "Trabalhos de Jesus", que deixam qualquer leitor ou leitora encantados. 

Dentre os livros mais famosos estão a Prosódia, as Regras da Língua Portuguesa, Orthografia Portuguesa, Os Dicionários e Atlas de La Condamine, "Anais", de Barredo (história local), Vidas e crônicas de D. Afonso Henriques e obras para estudos de Engenharia, Medicina e Matemática. 

E para aqueles e aquelas, como eu, que apreciam e estimam estas obras tão raras, há registros livros como a coleção completa de Luiz de Camões e Vieira. Um lugar realmente muito especial!

Em anexo:

1) Uma fotografia do pôr-do-sol de Vigia, no Pará por Junior Vilhena. 

2) Description de L' Amérique

3) Os tumulos de D. Affonso Henriques e de D. Sancho